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Sinopse

Chico é um adolescente que passa férias com seu amigo Juca no que ele diz ser a "maior e pior praia do mundo". No fliperama, conhece Roza e se apaixona. Tem com ela sua primeira noite de amor, mas ao acordar, ela tinha sumido. Depois de algum tempo, em Porto Alegre, Roza aparece, diz que está grávida, pede dinheiro e some novamente. Apesar dos conselhos de Juca, Chico inicia uma busca incessante que dura outro verão e mostra que seu amor é incondicional.

 

 

Sobre o filme

Enquanto esperava a captação de recursos para poder filmar O homem que copiava, Jorge Furtado resolveu experimentar um equipamento digital comprado pela Casa de Cinema de Porto Alegre, produtora da qual faz parte. Inspirado pelos ensaios do grupo de teatro do filho Pedro (que faz o papel de Juca), resolveu fazer uma história sobre adolescentes.

 

A filmagem durou apenas 23 dias. O cenário, as praias do Rio Grande do Sul, entre Cidreira e Capão da Canoa. O diretor escolheu usar a praia depois do verão, fazer a história se desenrolar em março, quando tudo fica mais barato e, portanto, mais acessível ao bolso dos personagens. O uso da câmera digital ajudou a trabalhar com atores jovens, ainda sem muita experiência e permitiu fazer filme com baixo orçamento, de 790 mil reais.

 

Segundo Furtado, trata-se de "uma comédia, com atores jovens, que se passa quase toda na praia, cheia de músicas, algumas piadas, cenas de beijo, alguma aventura e onde um rapaz se apaixona por uma moça. Qual a novidade? Bem, a novidade é o rapaz, a moça, a praia, as músicas, a aventura, algumas piadas e as cenas de beijo. O resto é igual. Mas é um roteiro cheio de viradas e surpresas."

 

"É tudo uma grande salada do que eu já vivi, do que ouvi falar e de coisas que só acontecem hoje. Vídeo game e Aids, por exemplo, não existiam na minha adolescência. Também tem uma coisa bem gaúcha no filme, que é o nosso litoral. A gente está muito acostumado a ver o cinema brasileiro com praias maravilhosas, samba e mulheres bonitas. Praias maravilhosas e samba nós não temos, mas mulheres bonitas e um bom rock and roll nós temos, e isso está no filme".

 

Os jogos eletrônicos, além de lazer, são usados como símbolo de superação de si mesmo, metáfora de busca existencial. Conduzem boa parte da narrativa do filme: jogando ele conhece Roza (quando sua performance no jogo chega a ter um caráter de êxtase e revelação divina), depois é no flipper que ele percebe o caráter da moça, e é nas salas de jogos que procura por ela. No final diz: "é loucura pensar que se não fosse o jogo dos patos, não teria encontrado Roza e não teria tido um filho".

 

O título do filme é uma clara homenagem ao filme de Robert Mulligan realizado em 1971, Houve uma vez um verão, que também aborda as descobertas e as surpresas da adolescência e o primeiro amor de maneira delicada e poética. Esse filme pode ser encontrado em algumas locadoras e vale a pena ser visto.

 

 

Sobre o diretor

Jorge Furtado nasceu em Porto Alegre em 1959. É um dos sócios da Casa de Cinema, pólo produtor do Rio Grande do Sul. Começou carreira em 1984 dirigindo curta-metragens. Desde 1989 trabalha na Rede Globo, principalmente fazendo parceria com Guel Arraes. Participou do roteiro de várias produções, como "Agosto", "Memorial de Maria Moura", "Luna Caliente" e "A Invenção do Brasil". Fez parte também da equipe de roteiro e da direção de "Luna Caliente" (1998), "A Invenção do Brasil" (1999), "Comédias da Vida Privada", "Brava Gente" e "Os Normais" (2001). Adaptou para a televisão clássicos da literatura brasileira, entre eles "O Alienista", "O Coronel e o Lobisomem", "Lisbela e o Prisioneiro", "Memórias de um Sargento de Milícias" e "O Mambembe". Fez ainda o roteiro de "Jogos do Amor" e do "Acaso" da série "Contos de Inverno".

 

 

Premiações

  • 12º Cine Ceará, Fortaleza, 2002: Melhor Filme (Prêmio da Crítica), Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem
  • 5º Festival de Cinema Brasileiro de Paris (França) 2003: Melhor Filme (Júri Oficial)
  • 4º Grande Prêmio Cinema Brasil, 2003: Melhor Roteiro Original
  • 2º Down Under International Film Festival, Darwin (Austrália), 2004: Melhor Roteiro

 

 

Ficha técnica

Comédia Romântica, Brasil, 2002, 75 min

Temas: adolescência, primeiro amor, descobertas sexuais

(Indicado a partir de 12 anos)

Roteiro e Direção: Jorge Furtado

Produção Executiva: Nora Goulart e Luciana Tomasi

Produção: Casa de Cinema de Porto Alegre

Fotografia: Alex Sernambi

Direção de Arte: Fiapo Barth

Figurinos: Rô Cortinhas

Som: Cristiano Scherer

Música: Leo Henkin

Montagem: Giba Assis Brasil

Seqüência dos créditos: Toscographics / Allan Sieber

Elenco Principal: André Arteche (Chico), Ana Maria Mainieri (Roza),

Pedro Furtado (Juca), Júlia Barth (Carmem) e Victória Mazzini (Violeta).

Com a participação de Antônio Carlos Falcão, Janaína Motta e Marcelo Aquino

 

 

HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

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